A multiartista e Bgirl Julia Maia apresenta seu primeiro solo de rua nos dias 24 e 25 de junho em um picadeiro a céu aberto na Praça Central de Santa Maria
Um espetáculo solo de rua versátil, inteligente, engraçado para toda a família. Em cena, uma jovem e múltipla artista e performer chamada Julia Maia, ou a palhaça Macaxeira, herdeira de uma dinastia circense, pois é filha de Mandioca Frita, o primeiro palhaço do DF. Além disso, ela também é conhecida mundialmente como a Bgirl Maia Majestic, detentora de vários títulos em campeonatos internacionais de breaking, dança de rua que será modalidade olímpica em Paris 2024.
A Rama da Macaxeira, a ser apresentado nos dias 24 e 25 de junho em um picadeiro a céu aberto na praça central de Santa Maria, refaz a rica trajetória desta jovem artista de maneira leve e cômica, tendo como protagonista a palhaça Macaxeira, personagem que conquista a atenção do público com rodopios do breaking e seu pandeiro na mão.
Com concepção e direção de Júlia Maia em parceria com Ankomárcio Saúde, o espetáculo dá continuidade à tradição artística e cultural do mestre Mandioca Frita, o palhaço mais antigo do DF e pai da palhaça Macaxeira.
Diz o velho e conhecido lema que “o artista tem de ir aonde o povo está”. E Júlia segue a máxima com muita naturalidade, pois a rua é um espaço onde essa artista plural se sente muito à vontade. Não à toa, uma vez que tanto as artes circenses como o breaking, afinal, tanto seu histórico de performance e atleta tem raízes das calçadas, praças e outro espaços públicos. “A rua pra mim é o espaço mais desafiador e mais confortável do mundo, sei o quanto é difícil e perigoso ser um corpo feminino nestes locais, mas tenho um afeto pessoal com esse espaço que me apresentou a brincadeira do circo, da capoeira, do skate, do breaking. É na rua, também, que tenho a oportunidade de levar a minha arte para pessoas de diferentes idades, classes sociais”, garante a artista.
Trata-se do primeiro solo de Júlia e, segundo ela, é um sonho de muito tempo que veio ganhando força durante toda a vida. Por ser filha de um mestre palhaço, cresceu dentro de um picadeiro na rua, em cima de uma perna de pau. Com o tempo, foi aprendendo outras acrobacias, outras canções populares e nessa jornada sempre esteve ao lado do pai e do irmão mais novo, o palhaço Aipim. “Como artista fiz espetáculos diversos, mas foram poucas as vezes que tive a oportunidade de estar sozinha no meio da roda e esse sempre foi um grande desejo e um grande desafio.”, diz.
O espetáculo é construído com elementos de música, mágica, humor, palhaçaria, bonecos. A narrativa se confunde com a trajetória de Júlia Maia. A palhaça Macaxeira viaja com uma caixa, onde ela leva suas memórias, histórias pra contar e muitas músicas.
E, claro, como uma boa performance de rua, o improviso não vai faltar, pois essa é uma das vias fundamentais para que um espetáculo se adapte cronológica e geograficamente. É uma das matérias primas do espetáculo, que foi pensado para ser apresentado em outras cidades e países. Ele é concebido a partir deste jogo. O que ela leva na caixa, como as músicas, por exemplo, podem ser mudadas ou acrescentadas em cada região por onde passar”, assegura Ankomarcio.
A rua também a apresentou ao breaking, dança original da cultura hip-hop, que a lançou mundo afora e lhe deu muitas vivências importantes, a exemplo de viagens pelo Brasil e por outros países, aproveitando a chance de conhecer outros artistas, o que colaborou com o desejo de ter o seu próprio espetáculo. “Depois de todo esse tempo hoje me vejo pronta para começar a plantar minha própria muda, a partir do meu corpo, dos meus desejos e com uma mala cheia de minhas histórias, as que vivi e as que desejo viver por esse mundo afora. E através do edital do FAC ganho a oportunidade de poder tornar esse sonho realidade.”
Em A Rama da Macaxeira, palhaçaria e o breaking se misturam em cena todo tempo. A prática como Bgirl entra no espetáculo, tanto na performance física quanto no conceito, afinal, são duas práticas vindas diretamente da cultura das ruas e do universo popular contemporâneo.
PROGRAME-SE
A RAMA DA MACAXEIRA
Sábado, 24/06, às 16h na praça central de Santa Maria (ao lado da pista de skate)
Domingo, 25/06, às 11h na feira permanente de Santa Maria
Domingo, 25/6, sessões duplas: às 16h e às 18h na praça na praça central de Santa Maria (ao lado da pista de skate)
Todas as 4 sessões acima com intérprete de libras
Entrada franca.
22 de junho sessões duplas (manha e tarde) no Centro de Ensino Especial 1 de Santa Maria – apresentação dentro da escola voltada para os alunos. Entrada franca
Interpretação de libras em todas as sessões.
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