Curta metragem de Brasília ganha carreira internacional e premia melhor ator no Global Film Festival Awards, em Los Angeles. Paulo Ribeiro interpretou o personagem central José Leôncio quando adolescente em “Pantanal”, clássico de 1990 da TV Manchete.
Paulo Ribeiro iniciou sua carreira de ator sob o nome Paulo Vinícius, atuando no elenco principal da superprodução Brasil-Estados Unidos “The Emerald Forest” (A Floresta de Esmeraldas), sob a direção do Oscar premiado John Boorman. Em seguida, esteve no elenco principal do filme de Walter Lima Jr., “Ele, O Bôto”, ao lado de Cássia Kiss, Ney Latorraca, Dira Paes e Marcos Palmeira. Fez ainda uma participação no filme The Fifth Monkey, contracenando com Oscar premiado Ben Kingsley.
Na televisão, interpretou o personagem central José Leôncio quando adolescente em “Pantanal”, clássico de 1990 da TV Manchete. Posteriormente, fez participações pontuais em programas como “Sítio do Pica Pau Amarelo” e “Angel Mix”, da Globo.
Após ganhar o prêmio de melhor ator para Paulo Ribeiro, em Los Angeles, o filme “Como Tudo Nessa Vida”, dirigido pela carioca Flávia Orlando, foi selecionado para o Lift-Off Film Festival.
A primeira rodada do Lift-Off Film Festival é realizada online, via Vimeo On Demand e se inicia hoje, dia 14 de fevereiro. Os finalistas são então julgados por revisores profissionais que selecionam seu vencedor mensal.
O curta-metragem vencedor da edição de cada mês é exibido nas sessões do evento anual em um dos mais famosos estúdios do planeta, o Pinewood Studios, no Reino Unido, e ainda no Los Angeles Lift-Off Film Festival no prestigiado Raleigh Studios, em Hollywood.
Inicialmente um festival de cinema, Lift-Off tornou-se uma grande plataforma para artistas emergentes, a Lift-Off Global Network . Uma organização que abrange eventos de exibição ao vivo em todo o mundo, iniciativas de distribuição, uma cerimônia de premiação sazonal e uma rede cada vez maior e ativa de criadores de filmes independentes.
Alguns dos locais de exibição incluem Berlim, Manchester, Nova Iorque, Loa Angeles, Tóquio, Toronto, Melbourne, Londres, Paris, Amsterdam, e Sidney (https://liftoff.network/about-lift-off-global-network/)
Da gaveta para o mundo
Flávia Orlando tinha o roteiro do filme “Como Tudo Nessa Vida” (Just Like Everything Else in this Life) esquecido numa gaveta há anos, quando Paulo Ribeiro, criador do coletivo de cinema Janela 55, a perguntou se ela teria um roteiro de curta metragem para filmar. Roteiro entregue em março, contrato firmado em abril, elenco escalado em maio, locação definida para Brasília, Flávia voou para a capital e as filmagens foram realizadas em julho do mesmo ano.
Os caminhos até o Janela 55
Após ser aprovado para o papel central masculino da produção Brasil-França “Passage Du Tropique”, a ser dirigida por André Tchiné e estrelado por Catherine Deneuve, e na iminência de protagonizar um filme a ser dirigido por Luiz Carlos Lacerda, em que faria uma espécie de Romeu dos dias atuais, na figura de um morador da periferia, surfista dos trens da Central do Brasil, Paulo Vinícius teve suas expectativas frustradas com o cancelamento de ambos os projetos, um deles com a extinção da Embrafilme, e acabou se afastando das câmeras por um tempo.
Retornou anos depois, quando resolveu se dedicar ao teatro. Fez dezenas de peças de teatro entre Brasília e Rio de Janeiro, dirigidas, entre outros, por Hamilton Vaz Pereira, Carlos Wilson e Anselmo Vasconcelos. Esteve ainda com Antônio Abujamra no grupo experimental “Não Se Fala com os Muros”, com quem também estrelou no filme nunca lançado “Parusia”, dirigido por João Levy, via Contraponto Filmes Ltda. Esteve à frente de grupos de teatro de rua e dirigiu projetos de teatro em comunidades do Rio. Em 2017, Paulo Vinícius mudou seu nome artístico para Paulo Ribeiro e criou o grupo de cinema Janela 55.
“Alguns projetos frustrados claro que seriam divisores de água, por conta da importância deles. Mas não vejo como motivo para desanimar, pelo contrário. Se eu cheguei a ser escolhido para eles, é porque eu estava no radar dos realizadores. Me afastando, eu saí do radar. Só que esse período em que me afastei me ensinou que eu não tenho caminho fora de atuar. É minha vida! Então hoje eu tenho um mindset mais preparado. Aí eu resolvi também ser o realizador da minha própria carreira. Claro que isso não significa somente produzir meus conteúdos, mas também me conectar às pessoas, construir relações proativamente. O momento está difícil pro audiovisual, mas nunca foi fácil, né? Eu vou fazer o que eu perceber que precisa ser feito, não vejo outra alternativa”, comenta o artista e gestor.
Geralmente os curtas do coletivo são filmados em um único final de semana. Ritmo agressivo, qualidade excelente, em dois anos o coletivo produziu 9 curtas metragens, foi selecionado para o New York City Independent Film Festival 2020, em Nova York, Cinema At The Edge Film Festival 2020 e Hollywood Verge Film Award 2020, ambos em Los Angeles. Entre os diversos festivais nacionais, foi premiado no 10º festival internacional de cinema Lobofest, em 2018.
Paulo criou o coletivo Janela 55 juntando diversos amigos e fazendo novos amigos, com sede de “fazer audiovisual a qualquer custo, mesmo sem custo”. Criada para se tornar uma forma de conexão entre profissionais de diferentes círculos de relações e níveis de experiência e ainda como uma plataforma de exibição de conteúdos e cursos, Janela 55 tornou-se empresa e planeja produzir seu primeiro longa metragem em 2022.
Paulo, ator candango com um pezinho lá fora
Com a pandemia, o projeto desacelerou por um tempo, período em que Paulo aproveitou para se reinventar. Fez cursos e consultorias com diretores, professores e diretores de elenco, incluindo cursos online com a coach em Los Angeles, com quem aprendeu sobre o tripé necessário do ator de sucesso, qualidade técnica, disposição mental e conexões. Esteve pessoalmente em Los Angeles, onde teve aulas com Michelle Danner, participou como ouvinte de aulas de Ivana Chubbuck e, recentemente, cursou um conservatório de atuação na escola de Michelle, por um período de 2 meses.
Ainda em Los Angeles, tendo em vista que Paulo é artista marcial bicampeão sul americano de karatê, fez uma participação especial num projeto do diretor Leon Fong (https://www.imdb.com/name/nm0284585/), amigo do lendário Bruce Lee. Além disso, no final de 2021 teve a oportunidade de participar de uma audição para o curta metragem Black & White, em que conseguiu passar da primeira fase e ser chamado para o callback, após concorrer com 1.200 outros atores no coração do cinema mundial.
Tendo transformado o grupo Janela 55 em empresa, nesse ano de 2022 Paulo planeja iniciar a produção do primeiro longa metragem do grupo, cujo roteiro está em fase avançada de elaboração.
Siga o artista nas redes: @pauloribeiroactor
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