Gravado no estúdio do Tailândia Podcast, que fica entre Taguatinga e Ceilândia, o bate papo com o artista abriu a série de entrevistas e revelou desafios da profissão de ator, de diretor e de professor. O vídeo já está disponível na internet.
Ator, professor e fundador da Gomantos Produções Artísticas, Jhony Gomantos tem em seu currículo bons anos de trajetória nos mais diferentes estilos teatrais. Formado na Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, atuou em mais de 15 espetáculos. Como diretor, assinou mais de 30 obras.
A vida artística começou cedo, talvez até sem a consciência do que poderia vir a acontecer. Na época da escola, Jhony participou de um grupo estudantil de axé music que se apresentava ao som de hits dos anos 90 e, posteriormente, passou a trabalhar com o diretor Plínio Mosca, que lançou outros tantos artistas, como Gleide Firmino, Érika Guedes, Leonardo Flores e Rômulo Mendes.
Com o grupo de Plínio Mosca, Jhony teve sua primeira experiência internacional em participações no Festival Entepola Chile. Já na juventude, passou a ter curso de artes cênicas no ALUB, onde teve contato com a professora Silvia Paes. Logo depois, se tornou colega de Silvia no Teatro de Concreto, tradicional grupo de Brasília. É sabido que o Teatro do Concreto teve e tem um papel importante para a cena teatral brasiliense. Foi nesse contexto que ele atuou em diferentes espetáculos do grupo, como "Diário do Maldito" (2006), "Borboletas Têm Vida Curta" (2007) - "Inútil Canto e Inútil Pranto pelos Anjos Caídos" (Leitura Dramática de 2007), "Ruas Abertas (Intervenção Cênica de 2008), "Entrepartidas" (2010) e "Extraordinário" (2014).
No Teatro do Concreto, atuou em espetáculos fortes, performáticos e com temas provocadores postos em cena. Dentre os trabalhos mais expressivos do ator no grupo, temos o "Diário o Maldito", onde interpretou Floquinho, um PM capacho da justiça, e "Entrepartidas", onde deu vida à Dama da Noite, personagem que transitava pelas ruas, becos, vielas e cemitérios das cidades por onde o grupo fez turnê.
Há mais de 15 anos, oferece ao público infanto-juvenil de Ceilândia e do Gama oficinas teatrais de qualidade, sempre com montagem de espetáculos ao final. São apresentações megalomaníacas! Cenários e praticáveis gigantes, muita dança, lip sync, efeitos de iluminação, figurinos arrebatadores e até motocicleta colocada em cena! Os pais ficavam enlouquecidos, até porque visualmente é algo que provoca um espanto aos olhos.
O grande sucesso que as oficinas têm se deve ao fato de tratar a criança como a criança merece ser tratada num processo teatral onde as referências da cultura pop e da cultura de massas dialogam diretamente com o que elas consomem. Se a Rihanna, Lady Gaga, Beyoncé, Katy Perry, Anita e outras divas pops fazem parte do universo dessa criança e desse adolescente, é justamente por esse caminho que a direção de Jhony segue, respeitando o que a juventude gosta e introduzindo a linguagem teatral num caminho onde a diversão e o aprendizado andam de mãos dadas. É um fofura de se ver. Para muitas crianças, é o primeiro contato com o teatro. E o que é melhor... dentro de um universo lúdico que aceita a criança como ela é e como ela tem vontade de expressar seus sentimentos.
Para assistir à entrevista completa do ator, basta clicar no vídeo abaixo:
O quadro "Quem Faz Arte" selecionou 10 artistas de Brasília e de outros estados para uma conversa franca sobre produção cultural e é realizado por meio da parceria entre o Tailândia Podcast e o Portal Conteúdo.
Para alugar o estúdio, que faz preço promocional aos artistas do DF, basta entrar em contato com a equipe por meio do instagram https://www.instagram.com/tailandiapodcast/.
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