LEI PAULO GUSTAVO APOIA RESGATE DA MEMÓRIA DOS 65 ANOS DE BRASÍLIA
- Josuel Junior - Editoria
- há 5 horas
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Diversos projetos que buscam a preservação da história da capital são financiados pela legislação, que é o maior investimento em cultura já feito no país

A Lei Paulo Gustavo (LPG) é o maior investimento já feito na cultura em todo o país. No Distrito Federal, projetos em diferentes linguagens artísticas são financiados pela lei, que fortalece o setor que é tão importante para a construção da identidade da capital da República, que completa 65 anos de existência, em 21 de abril. Nessa grande festa, a LPG-DF também está presente.
No audiovisual, um dos projetos que celebram a cidade e que são fomentados pela legislação é o “As Filhas do Brasil”, curta-metragem ficcional baseado em fatos reais. A obra reflete sobre o papel indispensável das mulheres trabalhadoras da Vila Amaury na construção de Brasília e dos candangos, que foram relegados a morar longe do centro do poder, nas cidades satélites, mesmo sendo os principais responsáveis pela concretização do sonho da nova capital.
A proponente Marianna Graf conta que o filme é um convite ao reconhecimento desses personagens como seres humanos com desejos, medos e sonhos. Ao retratar mulheres pioneiras como protagonistas e abordar temas pouco conhecidos pela população, a obra resgata memórias apagadas pela história oficial e provoca a reflexão sobre o passado.
“O apoio da LPG foi essencial – sem ele, o projeto não existiria. Como alguém sem conexões no mercado audiovisual de Brasília, essa oportunidade foi decisiva para transformar minhas ideias em realidade, permitindo que eu desse meus primeiros passos no cenário cultural e expressasse minha visão criativa”, afirma Marianna. O curta-metragem tem previsão de estreia em julho, em parceria com o Museu Vivo da Memória Candanga. A obra será exibida gratuitamente no Instituto Federal de Brasília (IFB) do Recanto das Emas e no Jovem de Expressão, em Ceilândia.
O “Álbum de recordação BSB: memórias e valores do DF” é outra iniciativa que mergulha nos primórdios de Brasília. Trata-se de um projeto de pesquisa voltado ao registro do patrimônio material e imaterial do DF, por meio de revisão de literatura para identificar estudos sobre bens históricos, artísticos e arquitetônicos do território.
A ideia é fazer uma abordagem sobre a memória de Brasília não datada do momento em que ela foi construída como uma capital, mas sim resgatando recordações, memórias e outros artefatos, sejam materiais e imateriais, sobre a cultura e sobre a história de Brasília, do DF e de cidades e populações que já existiam aqui antes da empreitada.
“A Lei Paulo Gustavo foi essencial para fazermos essa temporada especial sobre o patrimônio material e imaterial do DF. A gente deu o nome da temporada de ‘Álbum de recordação BSB: Memórias e Valores dos DF, porque o próprio edital já veio com essa demanda de fazermos um mapeamento desses patrimônios", explica a proponente Leyberson Lelli Chaves Pedrosa. Mais informações sobre o projeto serão divulgadas e debatidas no podcast “Dazumana: a Ciência sem Jaleco”, no YouTube.
Na literatura, a LPG apoia o desenvolvimento e a publicação de um livro de crônicas sobre vivências identitárias e memórias coletivas da geração brasiliense descendente de migrantes nordestinos que chegaram ao Distrito Federal em busca de trabalho e sonhos. A obra é o terceiro livro da escritora Keyane Dias – também proponente do projeto –, originado de textos e pesquisas anteriores sobre o tema.
Lei Paulo Gustavo
São mais de 3,8 bilhões de reais destinados a projetos culturais por todo o país. No DF, a Lei Paulo Gustavo já destinou 48,1 milhões, administrados pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Os recursos são destinados para diversas áreas da cultura, audiovisual, literatura, música, patrimônio e teatro.
PROGRAME-SE LPG/DF
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Tel: (62) 99612-6143
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