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Josuel Junior - Editoria

"NINGUÉM DIRÁ QUE É TARDE DEMAIS" CHEGA AO TEATRO ROYAL TULIP/ DF

De criação dos produtores Rose Dalney, Túlio Rivadávia e Marcio Sam, a leve e divertida comédia, que tem como pano de fundo a Pandemia de Covid-19, cumpre temporada no Teatro Royal Tulip dias 3, 4 e 5 de março.

Foto: Guga Melgar

A celebrada atriz Arlete Salles retorna aos palcos com a comédia Ninguém Dirá Que é Tarde Demais para comemorar seus 65 anos de carreira. O texto original é de autoria de Pedro Medina, neto de Arlete, e com quem contracena no espetáculo. Além de Pedro, Alexandre Barbalho, filho da atriz, e o amigo Edwin Luisi também estão no elenco. A direção tem a assinatura de Amir Haddad, outro grande parceiro e amigo de Arlete desde a peça ‘Felisberto e o Café’, com quem trabalhou 35 anos atrás.

“Estou navegando em sentimentos diversos e emoções fortes. Sinto muita felicidade e admiração em ver o meu neto se aproximando dessa profissão, crescendo de forma potente. Estamos aqui corajosamente, ainda na pandemia, ousadamente, com todos os protocolos sanitários, indo juntos para o palco. Não apresentaria meu neto como dramaturgo, se não tivesse confiança no talento dele”, conta Arlete.

“Gosto de fazer um teatro esclarecedor. O teatro tem a função de iluminar as pessoas. E digo para todos: ninguém dirá que é tarde demais para coisa alguma. Sempre é o momento de colocar em prática o desejo”, elucida, aos 84 anos, um dos diretores mais premiados e mais presentes na cena brasileira, Amir Haddad. O título da comédia ‘Ninguém Dirá Que é Tarde Demais’, foi inspirado na canção o Último Romance, da banda Los Hermanos.

O texto de Pedro Medina conta a história de Luiza (Arlete Salles) e de Felipe (Edwin Luisi). Em razão da pandemia de Covid-19, Luiza recebe o neto Márcio (Pedro Medina), em sua casa. Paralelo a isso, Felipe, por problemas financeiros, vai morar com o filho Mauro (Alexandre Barbalho). Luiza e Felipe são vizinhos de prédios, com paredes grudadas, e estão muito sensíveis às questões da Covid-19, financeiras, aos problemas domésticos e começam a implicar um com o outro sem saber a identidade de cada um. Até que um dia os dois se encontram, na rua, sem saber que são vizinhos.

Com muita leveza, humor e dando a dimensão da solidão desses dois septuagenários, a comédia ratifica Ninguém Dirá Que é Tarde Demais. “Ainda não elaboramos todas as perdas que a pandemia provocou, mas entender o que já passou e o que ainda estamos vivendo, através da perspectiva do humor, da tolerância e do amor é a proposta da minha comédia”, detalha Pedro Medina.

Edwin Luisi revela que, apesar de seus 50 anos de carreira, “nunca havia trabalhado com o Amir, nem o conhecia pessoalmente, mas sempre o admirei. Estava há dois anos sem fazer teatro, decidi participar porque senti que estaria fazendo parte da história de uma família. Achei que era um bom momento para recomeçar”. Juntos, Amir, Arlete e Edwin somam mais de 160 anos de trajetória artística.

Outro parente participa da montagem. Enteado de Arlete, irmão de Alexandre e tio de Pedro, Lucio Mauro Filho assina a direção musical junto com Máximo Cutrim. “Fiquei feliz demais com meu sobrinho me dando emprego, rs, e me trazendo para esse lugar quente e amoroso, que é trabalhar em família. Pedro inseriu a pandemia na dramaturgia, como pano de fundo para o momento que vivemos, é um gol”, explica Lucinho.

Completam a ficha criativa José Dias no cenário, Aurélio de Simoni na luz e Carol Lobato nos figurinos. Carol diz que as roupas são leves e divertidas, como a direção do Amir: “Como a peça se passa durante a pandemia, pensei num figurino único para cada ator. Afinal, mesmo com a passagem de tempo, durante o período de quarentena, todos os dias pareciam iguais”.

“Acho normal que o filho queira seguir a carreira dos pais. Sabíamos que um dia aconteceria o encontro, mas não sabíamos quando nem como. Acabou que não partiu de mim esse movimento. Foi meu neto, com uma completude maravilhosa, porque ele não veio só ficar comigo no palco como ator, ele veio também como autor, com o texto. Vou interpretar o texto do meu neto”, finaliza, orgulhosa, Arlete Salles.

QUEM FAZ

Texto: Pedro Medina

Diretor artístico: Amir Haddad

Diretor musical: Lúcio Mauro Filho e Máximo Cutrim

Elenco: Arlete Salles, Edwin Luisi, Alexandre Barbalho e Pedro Medina

Produtores Associados e Idealização: Rose Dalney, Túlio Rivadávia e Marcio Sam

Cenógrafo: José Dias

Figurinista: Carol Lobato

Iluminador: Aurélio De Simoni

Cinematografia: Chamon Audiovisual

Fotógrafa: Larissa Marques e Guga Melgar

Marketing digital: Juliana Braga (Triunfo Estúdio Digital) e Tiago da Silveira (Aparato Virtual)

Produção executiva: Sarah Alonso

Realização: Rivadavia Comunicação, Miniatura 9 Produções e Religar Comunicações

Patrocínio local: BRASAL

PROGRAME-SE

Ninguém dirá que é tarde demais

Gênero: comédia

Local: Teatro Royal Tulip

Endereço: SHTN Trecho 1 - Brasília, DF, 70297-400

Dias: 3, 4 e 5 de março, de sexta a domingo.

Horários: sexta, às 20h30, sábado, às 20h, e domingo, às 19h.

Ingressos: de R$ 25 até 100,00, à venda no www.sympla.com.br ou na Belini (113 Sul)

No dia das apresentações a bilheteria funciona a partir das 14h até o início do espetáculo

Classificação: não recomendada para menores de 14 anos

Duração: 100 minutos

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