Nomes da produção cultural brasiliense, Marina Oliver e Jullya Graciela esbanjam proatividade e competência em diferentes trabalhos da capital
O Portal Conteúdo quer falar de nomes que se destacam na produção cultural do DF, valorizando quem faz arte nos quatro cantos do quadradinho. Hoje, falaremos de duas trabalhadoras do rolê teatral.
Marina Olivier é taguatinguense e bacharela em Interpretação Teatral pela Universidade de Brasília. É produtora cultural e atriz, começando sua trajetória artística na UnB. Foi lá que trabalhou com diferentes professores, como Alice Steffânia, Bidô Galvão, Giselle Rodrigues e Fernando Villar. Dentro da UnB começou o encanto com a produção cultural pelo projeto de extensão Cometa Cenas - o que comprova a importância de se levar a prática de produção para dentro da academia.
Seu último trabalho como atriz foi no grupo Seu Estrelo e o Fuá de Terreiro (2014 – 2018), tendo apresentado na sede do grupo, Centro Tradicional de Invenção Cultural (Brasília), FUNARTE (Brasília), Festival Sagarana (Minas Gerais) e no SESC Belenzinho (São Paulo) com a peça "A 4ª Roda Ou O Amor é Rio sem Margem".
O grupo esteve em turnê em 2016, passando por Olinda (PE), Lagoa de Itaenga (PE), Recife (PE), João Pessoa (PB) e Salvador (BA). No ano de 2018, a equipe participou da Semana de Jorge na Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge (Alto Paraíso – GO) e esteve em cartaz na Caixa Cultural.
Hoje, a profissional atua mais como produtora do que como atriz. Trabalhou como coordenadora de produção e produção executiva nas peças “Otelo”, “Merda!” e “Aquela Peça de Shakespeare” com direção de James Fensterseifer e em festivais como “Jogo de Cena” (2015 – 2018), “V BIFF – Brasília International Film Festival” (2016), ”TOP CUFA” (2017), “Mostra Celeiro 25” (2018), “ODU – Festival de Arte Negra” (2018), “1ª Mostra de Mulheres Brincantes do DF – Solares Brincantes”, "Mostra Itinerante de Teatro ODU" (2022).
Marina foi Diretora Geral e fez parte da equipe de Curadoria do "FICA Calango" (1º Festival Internacional de Cinema Ambiental Calango - 2022). Como coordenadora de comunicação, trabalhou em projetos como “VI BIFF – Brasília International Film Festival” (2018), "Rastro - Festival de Cinema Documentário" (2020), "2ª Edição do ODU - Festival de Arte Negra" (2021) e “ODU Mostra de Circo Negro” (2023). Trabalhou no Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul como Supervisora de Eventos pela gestão do Instituto Bem Cultural (2018-2020). Dirigiu e também escreveu o 2º episódio da série 'Curto!', uma série de podcast que foi contemplada com seu roteiro "Três Amor", em 2021
Já Jullya Graciela é atriz, produtora, iluminadora, arte educadora, pirografista e desenhista. Graduada na Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, atualmente é mestranda em Artes da Cena pela Universidade Federal de Goiás- UFG.
Em 2009, começou a graduação em Artes na Faculdade de Artes Dulcina de Moraes. No período participou de alguns projetos extra-acadêmicos. Chegou a ir ao Chile em 2013 para o tradicional Festival Entepola. Na ocasião, operou o som do espetáculo "Sentimento Só", dirigido por Jhony Gomantos.
Como atriz, trabalhou nos espetáculos Morte e Vida Severina (2010), Infinito Vazio (2013), A revolta dos livros (2014), Faça-se Luz (2016) e Macunaíma (2017), além de dirigir com Daniel Landim o espetáculo Um Sopro de Vida (2019). Com o tempo, foi ganhando experiência em gestão, elaboração e administração de produtos culturais. É, hoje, uma das gestoras do Espaço Semente, do Gama.
Por causa dessa curiosidade da técnica, passou a assinar a iluminação de alguns espetáculos da Cia Burlesca e a iluminação do Baile Dionisíaco, festa que acontece no SubDulcina. Para aperfeiçoar esse conhecimento, está fazendo o curso de iluminação na Escola de Música de Brasília e uma segunda graduação, dessa vez no curso de Logística no IFB -GAMA.
Hoje, aos 40 anos, se orgulha de sua trajetória e tem participado de diferentes projetos e festivais. E em 2014 se tornou uma das idealizadoras do Baile Dionisíaco, onde foi produtora e iluminadora de todas as 15 edições.
Em 2022/23 descobriu ser portadora de TEA (Transtorno de Espectro Autista, nível 1 de suporte), identificando algumas limitações que perpassou na sua vida artística nesses 21 anos de carreira, mas sem prejudicar sua trajetória de sucesso e dedicação.
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