A criação do diretor Marcos Damigo, com Carol Duarte, Jamile Cazumbá, Ermi Panzo e Leonardo Ventura no elenco, fica em cartaz até 19 de novembro
Um bilhete escrito por uma mulher em Pernambuco no início do século XVII está guardado até hoje no Arquivo Nacional dos Países Baixos. Nele, Anna Paes, uma dona de engenho descendente de portugueses, presenteia Maurício de Nassau com seis caixas de açúcar branco, assim que ele chega para governar o que era na época o Brasil holandês, em 1637. A vida dessa mulher se torna objeto de investigação de um grupo de artistas de teatro. Mas, conforme os intérpretes investigam o contexto em que esse bilhete foi escrito, emergem questões de classe, gênero e raça, revelando que o passado talvez não esteja tão remoto assim.
A temporada paulistana de Babilônia Tropical - A Nostalgia do Açúcar no CCBB São Paulo, tem suas últimas sessões. O domínio holandês no Nordeste do País no século XVII (um dos períodos mais estudados da história brasileira) é o enredo do espetáculo que fica em cartaz até 19 de novembro de 2023, quintas e sextas, às 19h; sábados, domingos e feriados (12/10 e 02/11), às 17h. Os ingressos custam R$30 (inteira) e R$15 (meia-entrada) e podem ser adquiridos na bilheteria do CCBB SP ou pelo site www.bb.com.br/cultura.
Criação do diretor Marcos Damigo, drama histórico real mistura passado e presente para falar sobre o período da invasão holandesa em Pernambuco no século XVII. O elenco tem os atores Carol Duarte, que interpreta o papel de Anna Paes, Ermi Panzo, artista angolano radicado há quase dez anos no Brasil, que também assina a dramaturgia da obra; Jamile Cazumbá, artista baiana que transita pelo audiovisual e a performance; e Leonardo Ventura, ator consagrado em obras dirigidas por Antunes Filho no Centro de Pesquisa Teatral; além de Adriano Salhab, músico pernambucano que assina a direção musical do espetáculo e executa a trilha sonora ao vivo em cena, com músicas originais.
Um grupo de quatro atores, inspirados no episódio da invasão holandesa em Pernambuco - quando a região era a maior produtora de açúcar do mundo - ensaia o espetáculo que mescla passado e presente e se desenrola a partir da tentativa de reproduzir o momento em que Anna Paes, dona de engenho da época, escreve um bilhete para o aristocrata neerlandês Maurício de Nassau, presenteando-o com seis caixas de açúcar em sua chegada ao Brasil. O bilhete está guardado até hoje no Arquivo Nacional dos Países Baixos, em Haia.
Babilônia Tropical oferece ao público uma experiência rica e instigante, com música ao vivo e recursos audiovisuais, utilizando desde imagens de arquivos históricos até filmagens realizadas em estúdio por uma equipe audiovisual, com imagens de grande impacto e beleza.
O projeto recebeu apoio da Embaixada dos Países Baixos para o desenvolvimento da dramaturgia, o que possibilitou uma viagem do autor Marcos Damigo a Pernambuco, bem como a participação do historiador Daniel Breda no processo de pesquisa, além de uma primeira imersão com o elenco da peça em 2022. A peça estreou no CCBB Belo Horizonte, depois teve temporadas pelo CCBB Brasília e pelo CCBB Rio de Janeiro.
QUEM FAZ
Marcos Damigo - idealização, concepção e direção geral
Gabriel Bortolini - concepção e direção de produção
Ermi Panzo e Marcos Damigo - dramaturgia
Carol Duarte, Jamile Cazumbá, Ermi Panzo, Leonardo Ventura e Adriano Salhab - elenco
Lúcia Bronstein e Sol Miranda - interlocução artística
Adriano Salhab - direção musical e canções originais
Simone Mina - direção de arte
Wagner Pinto - iluminação
Glaucia Verena - preparação vocal e consultoria artística e dramatúrgica
Pat Bergantin - preparação corporal
Daniel Breda - consultoria histórica
Rafa Saraiva e Mila Cavalcanti - programação visual
Coletivo Corpo Sobre Tela/Ricardo Aleixo e Julia Zakia - direção de fotografia Coletivo Corpo Sobre Tela - montagem e finalização de cor
Rafael Tenório - vídeo engenho em chamas
Luiz Schiavinato Valente - coordenação de redes sociais
Mayara Santana e Rafael Tenório - design para redes sociais
Jackeline Stefanski Bernardes e Ví Silva - assistência de direção
Luiz Schiavinato Valente e Ví Silva - assistência de produção
Rick Nagash - assistência de direção de arte
Vinicius Cardoso - assistência de cenografia
Amanda Pilla B e Hellige Sant’Anna - assistência de figurino e adereços
Carina Tavares - assistência de iluminação
Wanderley Wagner e Fernando Zimolo - cenotécnica cenário
Mauro José da Silva e Matheus Kaue Justino da Silva - cenotécnica filmagem Vivona - cabeleireira elenco
Julia Zakia - making off
Luiza Zakia Leblanc - câmera adicional making off
PROGRAME-SE
Babilônia Tropical - A Nostalgia do Açúcar
Temporada: até 19 de novembro de 2023, sempre de quinta a domingo
Horário: quinta e sexta às 19 horas, sábado, domingo e feriados (12/10 e 02/11) às 17h
Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo – CCBB SP
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico – SP
Próximo à estação São Bento do Metrô
Entrada acessível: Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e outras pessoas que necessitem da rampa de acesso podem utilizar a porta lateral localizada à esquerda da entrada principal.
Duração: 80 minutos
Recomendação: 14 anos
Ingressos: R$30 (inteira) / R$15,00 (meia-entrada) Vendas: bilheteria do CCBB SP ou pelo site bb.com.br/cultura
Informações: bb.com.br/cultura | (11) 4297-0600 | Redes Sociais: instagram.com/Ccbbsp | facebook.com/ccbbsp | twitter.com/ccbb_sp |
CCBB SP
Funcionamento: Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças
Estacionamento: O CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas - necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento e funciona das 12h às 21h.
Van: Ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h às 21h.
Transporte público: O Centro Cultural Banco do Brasil fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista.
Táxi ou Aplicativo: Desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m).
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